O bairro da Bela Vista em Setúbal é, e continuará a ser um bairro problemático enquanto as autoridades competentes não entenderem que ordem e justiça não se ganham apenas com reforço policial. O processo que leva a todas as situações conhecidas tem origém não só num caleidoscópio de culturas, mas também e sobretudo, numa continua marginalizaçao de pessoas pobres (pobreza material e imaterial) repletas de lacunas socias (A generalizada falta de instrução e de formação profissional que abrange as diferentes gerações, o desemprego crónico e o recurso ao rendimento mínimo de subsistência). São os excluidos da sociedade. E ao contrário do que diz o Sr. Paulo Portas, a esquerda em Portugal não transforma agressores em vitimas. Certamente o Sr. Paulo Portas quando ocupou um lugar no Governo de Santana Lopes teve a possibilidade de alterar estas situações, mas como se viu, nada fez, apenas se preocupou em endividar ainda mais o Pais com a compra de vários submarinos. Ocupou com pompa e circunstancia as suas funções de Ministro da Defesa abandonando todos aqueles eleitores que nele votaram. O mesmo Paulo Portas que defendia melhores pensões para os idosos e afinal, os idosos continuam com as pensões de miséria e o Pais continua com cerca de 2 milhões de pessoas que vivem no limiar da pobreza. Mas voltando ao BAirro da Bela Vista, a esquerda defende antes de mais o cumprimento da justiça. A esquerda defende o fim de todos os incidentes violentos, mas defende principalmente as medidas socias necessárias a essas medidas. No Bairro da Bela Vista em Setúbal, assim como nos restantes bairros problemáticos existentes em todo o Pais. A esquerda defende medidas de integração e não medidas de repressão e marginalização como certos senhores da direita. O crime tem de ser combatido pela justiça, mas a origem do crime tem de ser combatida por soluções de ordem social.
