25 de Abril sempre, fascismo nunca mais
A ditadura militar, iniciada com o 28 de Maio de 1926, fez de Portugal um país sob ocupação militar e policial e instalou o regime que iria configurar-se como o mais cruel e esmagador de direitos básicos e fundamentais. Este foi o regime do fascismo salazarista que se caracterizou entre outros pelos seus métodos de terror, repressão e cinismo que atingia a esmagadora maioria do povo português.
O 25 de Abril de 1974 pôs termo a 48 anos de ditadura, fora finalmente conquistada a democracia e passaram a vigorar as liberdades democráticas, como a liberdade de expressão e associação, o verdadeiro direito de voto de homens e mulheres, o direito à greve, o direito à Educação e à Saúde.
Mas Falar do 25 de Abril não é somente relembrar o fim de uma ditadura é em primeiro lugar homenagear os presos políticos e todos os resistentes anti-fascistas, é homenagear milhares de homens e mulheres que nos campos, nas fábricas, nas universidades, nas associações e nas ruas lutaram com as suas vidas pelos valores da liberdade e democracia.
Falar do 25 de Abril é evocar a memória de todos que tornaram possível estarmos aqui hoje e guardar para sempre o seu exemplo como estímulo de luta em defesa desses valores.
Falar de Abril é ainda dar o alerta pela defesa da democracia, das liberdades e dos direitos fundamentais, é garantir que as portas de Abril não sejam cerradas, é combater a ofensiva em curso acentuada pelas políticas de direita que tentam desvalorizar os direitos, condicionar o seu exercício e dar como inevitável o caminho da regressão.
Falar de Abril é e será sempre relembrar o passado, mas é também e sobretudo preparar um futuro melhor apelando ao empenho de todos os homens e mulheres, jovens e menos jovens para a construção de uma sociedade com mais justiça social, mais democracia, mais e melhor progresso económico, social e cultural.
Por tudo isto saudamos o 25 de Abril. Viva Portugal, viva o 25 de Abril.