sexta-feira, 30 de abril de 2010
Conversas à mesa sobre a Revolução de Abril. Antes e depois. O papel do PCP
Dezenas de militantes e amigos do PCP na freguesia da Quinta do Conde comemoraram a revolução de 25 de Abril de 1974 num jantar que contou com a presença de Domingos Abrantes, membro do comité central do Partido Comunista Português. O jantar integrado na iniciativa local “Conversas à mesa sobre a Revolução de Abril. Antes e depois, o papel do PCP” teve como ementa pataniscas de bacalhau com arroz de feijão. Após o repasto seguiu-se um debate vivo e interessante que se prolongou por mais de três horas.
Sobre a revolução, chamou a atenção para o facto de ter sido uma revolução que nunca criou um poder que a fizesse andar. As forças políticas que tinham trabalhado para o derrube do fascismo nunca se entenderam nas soluções para o futuro. No entanto o movimento operário soube aproveitar-se dessa fragilidade do poder para levar a cabo grandes transformações na nossa sociedade. E se hoje estamos onde estamos e ainda há conquistas de Abril para defender deve-se a existência de um grande partido operário, o PCP e a um grande movimento operário que tem conseguido travar muitos dos ataques contra a revolução de Abril. Este país deu assim uma grande volta em muito pouco tempo.
Logo a seguir è revolução o general Spínola chamou as forças politicas à Cova da Moura e expos a sua visão política, partidos não iam existir, mas sim associações políticas. O jornal Avante não podia ter a foice e martelo tendo logo sido chamado a atenção que isso era algo que nem o fascismo tinha conseguido. Que os presos políticos eram para se manterem presos depois logo se veria, mas o povo saiu à rua e no dia 26 conseguiam a libertação de todos. Que a polícia política PIDE/DGS ia passar a portar-se bem e até nomeou um novo director, mas o povo cercou a sede na Avª António Maria Cardoso e forçou a sua rendição tendo perseguido e prendido os pides nas ruas. Direito à greve nem pensar em tal coisa, direito à reforma, a férias pagas era algo que não queria ouvir falar. As colónias eram para manter. Liberdade e democracia sim mas não era para todos e nem queriam ouvir falar em por em causa o poder económico dos grandes grupos. Mas enganou-se porque havia em Portugal um grande partido, o Partido Comunista português.
É certo que no 25 de Abril as classes dominantes foram apanhadas de surpresa e não ganharam para o susto, a verdade é que se recompuseram depressa. Esperemos que na próxima não consigam se recompor.
Mérito para o imperialismo representado pelo Sr. Carluci que vendo a direita desfeita, num país onde não havia fascistas, onde eram todos socialistas, até o Freitas no CDS aparecia defendendo o Socialismo e os dirigentes do PSD discursavam tendo como pano de fundo, MARX, ENGELS e LENINE, apostou em Mário Soares e no PS para combater a Revolução de Abril.
No entanto salientou que tivemos a felicidade de ver um povo intervir e lutar para construir uma vida melhor e isso é algo que já não nos podem retirar. Viveu-se então um momento histórico único. Chamando ainda a atenção para a necessidade de retomar a marcha para recuperar os valores de Abril.
Recordou o modo como se vivia no passado. A fome a que muitos portugueses estavam sujeitos. A frase de “uma sardinha para três” era para muitos uma triste realidade como ir ao rabisco da bolota e da azeitona para matar a fome, mas que podia resultar em prisão pois a bolota era para os porcos que nesse tempo valiam mais que a vida humana. Falou-se na licença de isqueiro, do facto de andar de mão dada na rua ou dar um beijo, serem crimes punidos com multa, de existir até uma portaria datada de 1943 que definia o valor das multas e de haver uma comissão no verão para avaliar o tamanho dos fatos de banho. Recordou a lei que proibia uma professora de casar sem pedir autorização ao ministro e do facto do noivo ter de provar que trabalhava e podia sustentar a família. E ao recordar-mos tudo isso vê-mos como a vida mudou. Hoje vivemos melhor e esse é o grande salto do 25 de Abril. Mas essas mudanças não caíram do céu foram o resultado de grandes lutas nas quais o PCP teve um papel de grande destaque pois foi o único partido que resistiu e combateu o fascismo durante os 48 anos da sua existência. Hoje é impensável a ausência dos direitos que alcançamos com a revolução de Abril.
Para recordar ficam ainda algumas intervenções soltas.
(…) Somos um país independente, mas somos cada vez menos soberanos porque as decisões políticas e económicas vêm da comissão europeia em ter em conta a nossa realidade especifica e entretanto podemos dizer que a nossa própria independência esta ameaçada pelo facto de não produzirmos e estar-mos dependentes de outros mercados europeus.
(…) Não é possível existir-mos como país independente e soberano se não produzir-mos, as pessoas ganham cada vez menos e os monopólios facturam cada vez mais, seguem-se politicas gastas e ultrapassadas.
(…) È triste termos lutado tantos anos pela liberdade e democracia bem como pela independência dos povos para ver agora o nosso país envolvido em guerras de agressão a outros países no âmbito da NATO.
Comissão de freguesia do PCP na Quinta do Conde
domingo, 25 de abril de 2010
25 de Abril sempre, fascismo nunca mais
A ditadura militar, iniciada com o 28 de Maio de 1926, fez de Portugal um país sob ocupação militar e policial e instalou o regime que iria configurar-se como o mais cruel e esmagador de direitos básicos e fundamentais. Este foi o regime do fascismo salazarista que se caracterizou entre outros pelos seus métodos de terror, repressão e cinismo que atingia a esmagadora maioria do povo português.
O 25 de Abril de 1974 pôs termo a 48 anos de ditadura, fora finalmente conquistada a democracia e passaram a vigorar as liberdades democráticas, como a liberdade de expressão e associação, o verdadeiro direito de voto de homens e mulheres, o direito à greve, o direito à Educação e à Saúde.
Mas Falar do 25 de Abril não é somente relembrar o fim de uma ditadura é em primeiro lugar homenagear os presos políticos e todos os resistentes anti-fascistas, é homenagear milhares de homens e mulheres que nos campos, nas fábricas, nas universidades, nas associações e nas ruas lutaram com as suas vidas pelos valores da liberdade e democracia.
Falar do 25 de Abril é evocar a memória de todos que tornaram possível estarmos aqui hoje e guardar para sempre o seu exemplo como estímulo de luta em defesa desses valores.
Falar de Abril é ainda dar o alerta pela defesa da democracia, das liberdades e dos direitos fundamentais, é garantir que as portas de Abril não sejam cerradas, é combater a ofensiva em curso acentuada pelas políticas de direita que tentam desvalorizar os direitos, condicionar o seu exercício e dar como inevitável o caminho da regressão.
Falar de Abril é e será sempre relembrar o passado, mas é também e sobretudo preparar um futuro melhor apelando ao empenho de todos os homens e mulheres, jovens e menos jovens para a construção de uma sociedade com mais justiça social, mais democracia, mais e melhor progresso económico, social e cultural.
Por tudo isto saudamos o 25 de Abril. Viva Portugal, viva o 25 de Abril.
A ditadura militar, iniciada com o 28 de Maio de 1926, fez de Portugal um país sob ocupação militar e policial e instalou o regime que iria configurar-se como o mais cruel e esmagador de direitos básicos e fundamentais. Este foi o regime do fascismo salazarista que se caracterizou entre outros pelos seus métodos de terror, repressão e cinismo que atingia a esmagadora maioria do povo português.
O 25 de Abril de 1974 pôs termo a 48 anos de ditadura, fora finalmente conquistada a democracia e passaram a vigorar as liberdades democráticas, como a liberdade de expressão e associação, o verdadeiro direito de voto de homens e mulheres, o direito à greve, o direito à Educação e à Saúde.
Mas Falar do 25 de Abril não é somente relembrar o fim de uma ditadura é em primeiro lugar homenagear os presos políticos e todos os resistentes anti-fascistas, é homenagear milhares de homens e mulheres que nos campos, nas fábricas, nas universidades, nas associações e nas ruas lutaram com as suas vidas pelos valores da liberdade e democracia.
Falar do 25 de Abril é evocar a memória de todos que tornaram possível estarmos aqui hoje e guardar para sempre o seu exemplo como estímulo de luta em defesa desses valores.
Falar de Abril é ainda dar o alerta pela defesa da democracia, das liberdades e dos direitos fundamentais, é garantir que as portas de Abril não sejam cerradas, é combater a ofensiva em curso acentuada pelas políticas de direita que tentam desvalorizar os direitos, condicionar o seu exercício e dar como inevitável o caminho da regressão.
Falar de Abril é e será sempre relembrar o passado, mas é também e sobretudo preparar um futuro melhor apelando ao empenho de todos os homens e mulheres, jovens e menos jovens para a construção de uma sociedade com mais justiça social, mais democracia, mais e melhor progresso económico, social e cultural.
Por tudo isto saudamos o 25 de Abril. Viva Portugal, viva o 25 de Abril.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Sábado 24 Abril 20:30
Conversas à mesa: A Revolução de Abril, antes e depois, o papel do PCP.
Vêm jantar connosco, comemorar o 25 de Abril e debater o papel do PCP na Revolução de Abril. Participação de Domingos Abrantes, membro do Comité Central do PCP e antigo preso político.
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Sábado, 15 Maio 10h30
Concentração no Mercado Municipal pelo recomeço das obras no Centro de Saúde da Quinta do Conde. Participa.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Concentração no mercado municipal
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Politicas de direita
Mas afinal o que são politicas de direita, perguntou-me certo dia um vizinho ao qual eu prontamente respondi. Politicas de direita são congelamento de salários e pensões, aumento da carga fiscal para os trabalhadores, encerramentos de serviços e cortes no investimento público, aumentos dos preços, aumento de portagens e combustíveis, aumento das taxas de juro, cortes nas prestações sociais e um novo pacote de privatizações que visa desferir um golpe profundo naquilo que resta do sector empresarial do Estado. Enfim, tudo o que nos torna ainda mais pobres. Estas são as medidas tomadas por governos de direita. Aproveitei para acresentar que a diferença entre PS e PSD era apenas que PS diz que é um partido de esquerda mas que na realidade de esquerda nada tem, enquanto que PSD assume claramente que é um partido de direita e isso nota-se em todas as intervenções e medidas que pretende tomar para o Pais.
terça-feira, 6 de abril de 2010
PEC
O PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) é, supostamente, um instrumento de “controlo” das contas públicas mas constitui-se na realidade como um instrumento socialmente injusto, por pedir um esforço desigual aos portugueses. Assim, o PEC prevê o agravamento em sede de IRS (depois do primeiro ministro garantir aos Portugueses que não iria aumentar os impostos) e o congelamento de salários da função pública que será obviamente agregado ao sector privado. Este PEC significa reduzir o défice à custa do corte nas despesas sociais, na saúde e no aumento da carga fiscal. As famílias sofrem um corte tremendo nos benefícios fiscais com habitação, saúde e educação.
Este PEC é um instrumento altamente penalizador da classe média.
Ao contrário do que se pretende, este não é um instrumento que fomenta o crescimento da economia sendo que, o Banco de Portugal baixou as suas previsões para o crescimento do PIB para o ano de 2010.
Após ter enviado o PEC para Bruxelas, o governo tentou na Assembleia da Republica vincular ao documento os partidos da oposição, onde conseguiu que o mesmo fosse aprovado graças à abstenção negociada do PSD.
Adivinha-se que o rendimento disponível dos consumidores vai diminuir em 2010 e 2011 ou seja os portugueses vão ser ainda mais pobres, por outro lado, as condições do mercado de trabalho vão deteriorar-se
O PEC traduz-se na realidade no fracasso das políticas do governo PS.
Alain Monteiro
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