O Secretário-Geral do PCP participou hoje, sábado, numa jornada de trabalho de construção da Festa do “Avante!” e, no final do almoço-convívio perante mais de um milhar de militantes e simpatizantes do PCP, saudou os “construtores” da Festa e reafirmou o exemplo único que esta constitui no plano político-cultural nacional, pese embora as confrontações de que tem sido alvo no plano político e ideológico nomeadamente por via das leis dos partidos e de financiamento dos partidos pensadas para atingir o PCP e a Festa do “Avante!”. Jerónimo de Sousa, numa breve intervenção, alertou também para os aspectos mais gravosos da política deste Governo, sublinhando o ataque aos direitos dos trabalhadores através das propostas de alteração ao Código do Trabalho, num quadro social em que a maioria dos trabalhadores e do povo se confronta com o desemprego, a precariedade, os baixos salários enquanto os grandes grupos económicos e o capital financeiro acumulam fortunas. O Secretário-Geral do PCP referiu-se ainda às tarefas futuras dos comunistas nomeadamente à preparação do seu XVIII Congresso (29, 30 de Novº e 1 de Dezº de 2008) que exigirá o envolvimento e a participação do colectivo partidário.

Nota de Imprensa

No dia 9 de Agosto a Comissão de Freguesia do PCP na Quinta do Conde realizou no seu Centro de Trabalho uma sessão de esclarecimento sobre o Código do Trabalho. Participaram como convidados, Eduardo Vieira, membro do Comité Central do PCP e João Paulo Sousa dirigente regional do STAL.
Eduardo Vieira informou que em sede concertação social apenas a CGTP se havia oposto ao acordo e, a propósito do que foi dito na ocasião, os comunistas estão contra este Código do Trabalho e estarão sempre contra as medidas que prejudiquem os trabalhadores. Esclareceu que a luta contra o Código do Trabalho não é uma batalha perdida e a resistência dos trabalhadores já provocou atrasos no calendário do Governo e dos patrões, que pretendiam implementar estas alterações às leis laborais ainda em 2007. Depois de lamentar ver o Partido Socialista a colocar em causa direitos fundamentais dos trabalhadores portugueses, designadamente com a possibilidade de despedimento sem justa causa e a flexibilização do horário de trabalho, Eduardo Vieira rematou: “Não estamos sempre contra e se, a propósito do Código do Trabalho, o PS apresentasse hoje o que defendia na oposição, decerto teria o nosso apoio.”
João Paulo Sousa centrou a sua intervenção nos ataques deste Governo aos direitos dos trabalhadores da administração pública e apontou como exemplo o sistema de avaliação dos trabalhadores que na prática mais não é que um complexo instrumento destinado a facilitar os despedimentos. Descreveu a asfixia imposta às autarquias, que são empurradas para a privatização de serviços públicos e recordou a própria acção deste Governo, apontando como exemplo o fecho de SAP’s e maternidades com argumentos falaciosos que os privados desmentem quando abrem ao lado um serviço privado a substituir o público.
A Comissão de Freguesia do PCP